sexta-feira, 11 de novembro de 2011

amo-te.


Eles amam-se. Toda a gente sabe, mas grande parte quer destruír. Não conseguem ficar juntos. Simples & complexo. Quase impossível. Ele continua a viver a sua vidinha idealizada e ela continua idealizando a sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo enquanto outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada & preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas.
Ela quer atitudes da parte dele & ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela & assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros, enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro & mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz mas nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápido demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles & todos os dias eles se perguntam o que fazer & imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro & que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.
Assim como os dias de sol, os dias de chuva também têm a sua beleza. A chuva vem para lavar a alma & nos purificar por dentro, porque são exactamente nesses dias cinzentos, que me fazem entrar em mim mesma & tomar conhecimento de toda a minha dor. Dias assim silenciam o resto do mundo e tornam mais intensos os meus sentimentos. Ao rever momentos & sentir tudo novamente, as lágrimas vão percorrer e lavar as minhas lembranças como a chuva lava a minha vidraça, lava a rua, lava a minha calçada. É nos dias de chuva que a minha vontade de me acolher no teu colo é maior, no frio dos dias de chuva que a loucura pelo calor do teu corpo me atormenta, a saudade por ti aumenta. Nos dias de chuva, entrego-me à minha solidão & não me basto
. Sinceramente , nunca percas uma pessoa que gostes muito.

1 comentário: